terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Ruas

«Desejo primeiro que ames 
E que amando, também sejas amado»
Próxima paragem:
O urbano. Um autocarro; o 7. Uma voz irritante; a senhora. Um caminho; Rua do Brasil.

Rua do Brasil I - «vivemos pela acção, isto é, pela vontade» se vivemos pela acção, isto é, pela vontade, porque é que todos estes seres imundos que me rodeiam desistem à primeira tentativa? Se o actor é um bicho porco, sujo, então porquê tanto medo de falhar? Agora chove e nos vidros embaciados escrevo «VONTADE!»

Rua do Brasil II - «põe tudo o que és no mínimo que fazes» e se mesmo assim estiveres contente.. ÉS CEGO! Se ser actor é difícil, então porque é que não vejo o trabalho a ser feito com eficácia? É simples complicar, mas é complicado 'descomplicar' aquilo que complicaste e que à partida poderia ter sido simples! Agora entram pessoas para o autocarro e por entre o burburinho ouço a palavra «ESFORÇO!» 

Rua do Brasil III - «não é cansaço... é uma quantidade de desilusão que se me entranha na espécie de pensar» de forma a levar-me a um desespero constante e insano! Creio que nestes casos devemos puxar por outro lado do actor: Se o actor trabalha com o corpo, com a mente e com o impulso, então o actor vive estoirado! Se o corpo está bem, a mente não e vice-versa, logo, o actor vive CANSADO e temos de saber usar essa forma de estar como uma motivação para trabalhar! Agora a voz irritante da mulher que anuncia as paragens volta a fazer-se ouvir... Chegámos à III paragem daquela gigante rua e entra uma rapariga com uma daquelas malas que estão 'in' onde se consegue ler «INSPIRAÇÃO!»

Rua do Brasil IV - «just do it!» é o slogan da Nike e é a frase que me marcou mais desde o meu percurso até hoje... Foi a frase dada pela única pessoa naquela sala que sabe do que fala. Eu voto numa remodelação de pensamentos e decisões. Queres ser isto? AGE! O autocarro pára finalmente no fim daquela sequência de Brasil para seguir para a Casa da Mutualidade umas paragens à frente. Saio e deparo-me com o sítio mais importante da minha vida neste momento. Aquele fim de percurso leva-me até ao Colégio S.Teotónio onde com algum esforço consigo sentir na minha aura o verbo «VIVER!»   
Luna

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